Tecnologia social nos empreendimentos de geração de renda na cadeia da pesca artesanal é abordado em pesquisa
Junto às comunidades de pesca artesanal, o PEA Pescarte promove ações colaborativas e democráticas pautadas na economia solidária e no cooperativismo, para a construção de Projetos de Geração de Trabalho e Renda (PGTR’s), que são empreendimentos socioeconômicos, ambientalmente responsáveis para a atuação dos pescadores e suas famílias em 10 municípios da Bacia de Campos.
Diante disso, o projeto tem, entre as suas linhas de pesquisa, a de número 21, que estuda o “Desenvolvimento de tecnologia social aplicada a empreendimentos de geração de renda na cadeia produtiva da pesca artesanal” e é desenvolvida pelo Dr. Yuri Walter, engenheiro de materiais e professor.
O estudo busca identificar, avaliar, selecionar e co-desenvolver métodos, técnicas e equipamentos adequados às particularidades dos Projetos de Geração de Trabalho e Renda (PGTR’s), conciliando eficiência produtiva, desenvolvimento social, sustentabilidade econômica e ambiental, revisando e aperfeiçoando o esquema de operações.
Os PGTR’s foram iniciados na segunda fase do projeto e resultam na materialização para os Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica, Ambiental e Social (EVTEAS) de seis tipos de empreendimentos, previstos para serem implantados de acordo com o Plano de Trabalho do projeto e a particularidade de cada comunidade de pesca.
O trabalho do pesquisador aponta tecnologias utilizadas na cadeia produtiva da pesca e da maricultura que possam auxiliar nas soluções de infraestrutura para unidades que serão implantadas. Um outro ponto de destaque é que, também, visa articular aspectos técnicos e econômicos, adequando a capacidade produtiva às demandas do mercado, que são apontadas pela equipe de Pesquisa do PEA Pescarte.
A linha de pesquisa 21 se baseia em dados do Censo Pescarte para avaliar as análises e construir diagnósticos e pareceres técnicos. O estudo atua em parceria e auxilia em outras linhas de pesquisa, como a de número 5, que trata das “Cadeias produtivas do pescado na Bacia de Campos: propostas e alternativas a partir do PEA-Pescarte” e a 10, cujo levantamento é feito em torno da “Insegurança Alimentar e Cadeia de Agregação de Valor na Pesca Artesanal”.
De acordo com Yuri Walter, a pesquisa busca manter o contato com as pessoas pescadoras para fomentar os PGTR’s. “No ponto de vista da pesquisa, pretendemos estar juntos aos pescadores e pescadoras para manter um nível de co-criação e discussão participativa em relação aos projetos implementados. É necessário trazê-los para o centro da discussão, não como alvo, mas como sujeitos da ação, fazendo do educando um sujeito ativo no processo educativo”.
Um dos avanços possibilitados pela pesquisa foi a adaptação a princípios ergonômicos nas UBP’s e UPA’s (Unidades de Produção Aquícola), tornando os postos de trabalho mais adequados às pessoas. Outro exemplo é a substituição da esteira de beneficiamento pelas ilhas de produção, reproduzindo, em parte, os trabalhos bem-sucedidos realizados nos fundos de quintal. Nas esteiras, as pessoas ficam lado a lado, de frente apenas para seus equipamentos; nas ilhas, trabalham em grupos de 4 a 6 pessoas, de frente umas para as outras, fazendo com que o trabalho seja humanizado e menos mecânico.
O que é o EVTEAS - Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica, Ambiental e Social?
O estudo busca identificar as vantagens e desvantagens dos PGTR’s que serão implantados pelo Pescarte. Cada foco do estudo busca investigar aspectos específicos:
- Técnico: se o projeto tem suporte técnico para existir;
- Econômico: como o projeto pode render o suficiente para pagar seus custos e gerar lucro para dividir entre as pessoas trabalhadoras.
- Ambiental: possibilidades e alternativas para criar um empreendimento que gere nenhuma poluição ou dano ao meio ambiente.
- Social: se os projetos têm um número suficiente de pessoas interessadas em criar e manter um PGTR. Assim, a junção de todos estes termos avalia se o empreendimento pode ou não ser implantando.
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