Levantamento do PEA Pescarte realiza o mapeamento do mercado do pescado em cidades do Rio de Janeiro
Com o objetivo de compreender a dinâmica da comercialização do pescado pós-captura, em 2023 o PEA Pescarte aplicou a "Pesquisa de Mapeamento do Mercado de Pescados na Região Litorânea do Estado do Rio de Janeiro". O levantamento foi realizado entre julho e dezembro em Campos dos Goytacazes, São Francisco de Itabapoana, São João da Barra, Quissamã, Cabo Frio, Arraial do Cabo, Armação dos Búzios, Macaé, Carapebus e Rio das Ostras.
A pesquisa surgiu da necessidade de compreender o comportamento do consumidor e dos fornecedores para levar aos Projetos de Geração de Trabalho e Renda (PGTR), principalmente às Unidades de Beneficiamento de Pescado (UBP), como funciona o mercado de pescados.
Com o apoio das linhas de pesquisa 5 e 10 do Pescarte, que, respectivamente, estudam a agregação de valor na cadeia produtiva da pesca e da insegurança alimentar e nutricional entre pescadores da bacia de Campos, a sondagem foi feita por quatro recenseadores e supervisionada pelo pesquisador Victor Cunha.
De acordo com Victor, o mapeamento buscou compreender a dinâmica da cadeia produtiva da pesca artesanal nos municípios onde o projeto atua. A equipe aplicou o questionário para os proprietários de barcos, mestres barqueiros, donos de peixarias, ambulantes, além de mercados, feiras livres, entre outros. Levantamos informações desde o desembarque até a venda do pescado, compreendendo a dinâmica do peixe ao sair da água até chegar à mesa do consumidor, passando pelos diversos canais de abastecimento de pescado até chegar ao varejo, completou.
Ao todo, foram aplicados 808 questionários, onde foram observados pontos como: preços praticados por espécies na primeira comercialização; preços de venda por espécies nos canais de comercialização; volume comercializado por estabelecimento; volume de resíduos e rejeitos gerados no beneficiamento; destinação de resíduos e rejeitos; melhor período para a comercialização de pescados; espécies de pescado e camarões mais valorizadas e comercializadas; dependência do comerciante em relação ao atravessador; destino mais frequente dos pescados a partir do ponto de desembarque; porte e formalização do estabelecimento, por autodeclaração.
Segundo Victor, entender a dinâmica da cadeia produtiva do pescado é importante para fortalecer a organização comunitária, auxiliando na organização das cooperativas. Conseguimos compreender que a renda gerada pela cadeia produtiva da pesca não fica na mão do pescador e das suas famílias. A proteína não é barata e o pescador não tem ideia de que, ao participar de uma cooperativa, ele pode agregar valor ao seu produto, ganhando não só na primeira venda.
O Pescarte é uma política pública que fomenta a reestruturação da cadeia produtiva da pesca artesanal como um setor importante na economia. Com o mapeamento, vamos ter a possibilidade de mostrar isso para os pescadores e pescadoras”, finalizou.
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