Núcleo de Pesquisa organiza grupos focais para levantamento de seis temáticas nas comunidades de pesca da região

O PEA Pescarte tem na pesquisa um de seus braços para o fortalecimento da organização comunitária da cadeia produtiva da pesca artesanal, como preconiza o plano de trabalho para a implementação de projetos de geração de trabalho e renda. Entre as atividades promovidas pelo Núcleo Estruturante da Pesquisa (NEP) do projeto estão os Grupos Focais, uma técnica de pesquisa qualitativa que promove discussões mediadas com até 12 participantes.

Com o objetivo de promover debates e criar elementos para as pesquisas desenvolvidas no Pescarte, no último mês de maio, pesquisadores e equipe técnica percorreram os 10 municípios onde o projeto atua. Foram discutidos os temas: juventude; gênero; organização social, autonomia e incidência política; redes, associativismo e crise climática; religiosidade; e pressão sobre infraestrutura e visibilidade.

Todo o processo para a formação dos grupos focais foi coordenado pelo NEP, que realizou a chamada dos pesquisadores, apoiou na construção e revisão dos roteiros, na logística e no treinamento das equipes municipais, que realizaram as mobilizações dos integrantes da cadeia produtiva da pesca e auxiliaram na realização da atividade.

Neste ano, os grupos focais foram realizados pela primeira vez com as comunidades de pesca de Búzios, Carapebus e Rio das Ostras. Em Arraial do Cabo, Cabo Frio, Campos, Macaé, Quissamã, São Francisco de Itabapoana e São João da Barra a atividade havia sido promovida em 2015, na primeira fase do PEA Pescarte

O grupo focal tem como uma das funções aprofundar os debates com base nos dados levantados do Censo da Pesca, que já vinham sendo desenvolvidos pelas linhas de pesquisa. A atividade possibilita que as questões sejam detalhadas, captando a opinião e a percepção dos participantes de forma qualitativa.

Os grupos têm a intencionalidade da técnica de pesquisa e, também, a intencionalidade pedagógica, que visa aproximar as equipes de pesquisa e de campo, atendendo às solicitações dos sujeitos da ação educativa e também das instituições que fazem o acompanhamento do contrato, que são a Petrobras e o IBAMA.

De acordo com Gisele Braga, supervisora do NEP, diante dos avanços obtidos pelo PEA Pescarte ao longo dos últimos anos, em 2024, para evidenciar as conquistas da organização comunitária, foi implementada a temática “organização social, autonomia e incidência política”.

“Obtivemos bastante sucesso na temática, porque conseguimos captar as percepções dos pescadores e pescadoras em relação aos empreendimentos e aos processos que o Pescarte propôs. O tema conseguiu evidenciar resultados sobre a importância da participação dos sujeitos da ação educativa, do fortalecimento dos laços de cooperação e da capacidade desses sujeitos se organizarem na defesa de seus interesses”, completou.

O professor Leandro Pinho atuou com o tema religiosidade, que evidencia a relação entre a religiosidade e os sujeitos da cadeia produtiva da pesca artesanal. Para ele, a participação aconteceu de forma muito positiva.

"Debatemos o tema de forma positiva, com boa representatividade da comunidade na maioria dos municípios. A ação foi de grande importância para o reforço das ações do PEA Pescarte e também para que os sujeitos da ação educativa, que são os pescadores e pescadoras, pudessem ter contato com parte da equipe de pesquisa e de mecanismos de coleta de dados e compartilhamento de informações", finalizou.

Após a realização da atividade, as informações serão sistematizadas pelo NEP. A partir disso, os levantamentos obtidos nos grupos focais serão apresentados por meio de relatórios e na publicação de artigos científicos.

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